
18 - Castellum divisorium do aqueduto
Obra datada dos inícios do século I da nossa era, o castellum divisorium corresponde a um reservatório de planta quadrangular, onde era recebida a água trazida pelo aqueduto. A partir desta estrutura, e simplesmente pelos efeitos da gravidade, canos de chumbo e de alvenaria de pedra e argamassa de cal faziam a distribuição da água pela cidade, abastecendo fontes, edifícios públicos e privados. A água era captada numa nascente situada a cerca de 3km de Conimbriga, na atual aldeia de Alcabideque, onde os romanos construíram um grande tanque e uma torre com um engenhoso sistema de decantação, cujos vestígios se encontram bastante bem preservados e que podem ser visitados. Daí, a água era encanada para a cidade, através de um aqueduto cujo percurso era subterrâneo na maior parte da sua extensão. Apenas na última centena de metros do seu traçado, já bem no interior da cidade, é que a conduta da água era suportada por um sistema de arcos e pilares, que corresponde à imagem tradicional que temos dos aquedutos da época romana e cuja tipologia de construção se manteve quase até aos nossos dias. Esta infraestrutura, de importância vital para Conimbriga, terá deixado de funcionar em época bastante tardia, talvez no século VII da nossa era, sendo um facto muito importante no declínio da vida urbana.

