
6 - Termas da muralha
Este edifício termal, de modestas dimensões e com uma planta utilitária, foi construído no último quarto do século I da nossa era para servir a zona sudoeste da cidade. Originariamente, o edifício abria para a rua que corria paralela à fachada nascente da casa de Cantaber. Sobre essa via se veio posteriormente a erigir a muralha tardia. Esta estrutura defensiva, inclusivamente, incorporou algumas das paredes originais das termas, como se pode observar no topo Sul da fortificação, o que ditou a demolição do complexo termal. A Norte, uma estreita viela que separa o conjunto termal do restante quarteirão, dá acesso à zona de serviço. O abatimento do teto de uma gruta sobre a qual, inadvertidamente, se erigiu o edifício, afetou parte das estruturas, particularmente a Nascente e a Sul, onde se situava a zona dos banhos quentes (caldário e tepidário). Melhor preservados encontram-se o frigidário (grande piscina de água fria, localizada no extremo Noroeste) o lacónico (sala quente e húmida, de formato circular, situada no centro do complexo termal e com paralelo na sauna atual), e a sala aquecida situada a Nordeste, da qual se conservam a boca da fornalha, a arcaria e vestígios do pavimento do tanque, que se presume ser destinada às mulheres.

