
Museu Nacional de Conimbriga
Inaugurado em 1962 como Museu Monográfico de Conímbriga, foi classificado como Museu Nacional em 2017. O espaço museológico corresponde grosso modo à área da cidade antiga de Conímbriga (apenas parcialmente musealizada), integrando as ruínas, quer a parte escavada, quer a reserva arqueológica, o Museu e alguns espaços circundantes.
Missão
O Museu Nacional de Conímbriga (MNC), tutelado pela Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E. tem como missão:
· Proteger e conservar as ruínas;
· Promover a exposição pública das ruínas;
· Continuar e desenvolver a investigação arqueológica sobre o sítio;
· Prestar serviços ao público no domínio da conservação e restauro;
· Contribuir para o reforço da identidade local e regional e desenvolvimento territorial inovador/criativo;
· Sensibilizar/divulgar as diversas etapas da intervenção arqueológica, desde a prospeção e escavação, até ao museu;
· Reforçar a identidade museológica e promover a criação de novos públicos.
A historiografia do Museu Nacional de Conimbriga (MNC), acompanha a evolução metodológica da investigação arqueológica e da museologia nacionais. Salienta-se que foi através do conhecimento científico e reconhecimento internacional, que se desenvolveu um especial sincretismo cultural entre museu e território, onde ambos são essenciais para a identidade do outro e do todo. É neste contexto de comunhão, que a missão do MNC se tem renovado com o contributo de diversas gerações, tendo sido capaz de projetar o futuro e a museologia de um sítio arqueológico, que dá origem a um museu, que salvaguarda um campo/reserva arqueológico(a) em progresso.
Equipa | Visão
O Museu Nacional de Conímbriga, assim designado desde 4 de setembro de 2023, pelo Decreto-Lei n.º 79/2023 | DR que consagra a criação da MMP, EPE, salvaguarda extraordinários recursos patrimoniais, paisagísticos, e ambientais, bem como uma singular relação com o território. A equipa do MNC composta por diversas gerações de técnicos, investiga, divulga e protege a longa diacronia da historiografia da(s) cidade(s) antiga(s), ainda preservada(s) pela materialidade arqueológica.
Pelos motivos apresentados, a reserva e campo arqueológico (área visitável e não visitável), reúnem condições únicas para o desenvolvimento de um cluster experimental de ciência, onde seja promovida a interdisciplinaridade do espaço museológico. A equipa do Museu pretende transformar o MNC num verdadeiro portal para o integral entendimento da Região Centro, operando como um palco cultural, pedagógico, social, onde a investigação, o conhecimento partilhado e a programação, sejam desenvolvidas como ferramentas de aproximação com as comunidades locais, regionais e todos os públicos.
Museu
Sugerido pela primeira vez em 1940, no auge das escavações levadas a cabo pela Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais sob a direção de Vergílio Correia, o Museu de Conimbriga veio a ser inaugurado em 1962, sob a direção de João Manuel Bairrão Oleiro.
O Museu era à época designado de Monográfico, por ser essa a sua específica função: a exposição dos materiais recolhidos nas escavações da cidade romana. Por diversas circunstâncias o Museu recolhia de facto todos os materiais que tinham sido encontrados em Conimbriga desde as primeiras escavações de 1899 e, por outro lado, o relançar dessas escavações a partir de 1964, em colaboração com universidades nacionais e estrangeiras, garantiu a continuidade desse aspeto central da atividade museológica.
Coleção
A coleção do Museu constituída desde aí constitui, portanto, o acervo praticamente completo dos vestígios materiais da presença humana no planalto de Conimbriga, desde o final da Idade do Bronze até à Idade Média, compreendendo dois milénios de ocupação.
Não sendo um acervo que se destaque pela sua monumentalidade, a coleção do Museu Nacional de Conimbriga afirma-se pela sua extensão e variedade e ultrapassa as dificuldades de uma coleção maioritariamente composta por fragmentos pela exposição pedagógica e pela incorporação expositiva do conhecimento científico aprofundado das peças.
A exposição permanente, composta por cerca de 1500 objetos é indissociável da área visitável das Ruínas, cerca de 3 hectares onde sobressaem os monumentos e os mosaicos in situ, funcionando o conjunto como uma unidade conceptual que mantém a natureza monográfica da fundação original.
